Cardeal Grech: terceira fase do processo sinodal segue em frente

  • 17/09/2025

Numa nota publicada por ocasião do seu 60º aniversário, o Cardeal Mario Grech, Secretário-Geral do Sínodo dos Bispos, traça a evolução do Sínodo dos Bispos

O secretário-geral do Sínodo dos Bispos, cardeal Mario Grech / Foto: Reprodução Youtube

Da redação, com Vatican News

O Cardeal Mario Grech, Secretário-Geral do Sínodo dos Bispos, convidou a Igreja a “fazer todos os esforços para garantir que a terceira fase do processo sinodal constitua um passo adiante na experiência e compreensão da sinodalidade”.

O incentivo consta em uma nota publicada por ocasião do 60º aniversário da criação do organismo vaticano.

Na carta, o Cardeal Grech afirma que o Papa Francisco definiu a sinodalidade como “o caminho privilegiado para alcançar a comunhão na Igreja”.

Esses sentimentos também foram ecoados por Leão XIV, que no Angelus do último domingo sublinhou a “intuição profética” de São Paulo VI ao criar o Sínodo dos Bispos em 1965, quando o Concílio Vaticano II se aproximava do fim.

O Papa disse esperar que o 60º aniversário deste organismo “inspire um compromisso renovado com a unidade e a missão da Igreja”.

Essa esperança é reiterada pelo Cardeal Grech em sua nota, que surge durante a terceira etapa de um processo sinodal que o Papa Francisco lançou em nível de base em 2021.

Partindo das dioceses e igrejas locais, o processo incluiu três etapas que resultaram em duas sessões da assembleia no Vaticano em 2023 e 2024. Essas reuniões produziram o Documento Final, que o Cardeal Grech exorta as Igrejas locais e seus organismos regionais a consultarem agora, a fim de testar suas propostas.

A intuição “profética” de Paulo VI

O Cardeal Grech inicia sua nota analisando as raízes do Sínodo, a partir da criação do Sínodo dos Bispos por Paulo VI, por meio do motu proprio Apostolica Sollicitudo.

O religioso instituiu este organismo, escreve Grech, para “responder aos pedidos dos Padres Conciliares” de envolver o Colégio Episcopal “na prerrogativa petrina de solicitude por toda a Igreja”.

O cardeal explica que Paulo VI dotou a Igreja de “uma instituição central, representativa de todo o episcopado, capaz de promover a unidade e a colaboração entre os bispos de todo o mundo e o Bispo de Roma” e de “ajudá-lo com conselhos” sobre questões e questões de importância decisiva para o Povo de Deus.

Renovação da vida eclesial

Desde então, foram realizadas 16 Assembleias Gerais Ordinárias, 3 Assembleias Gerais Extraordinárias e 11 Assembleias Especiais.

O Cardeal Grech explica que todos os Papas, desde o Concílio, aceitaram as propostas ou documentos finais formulados pelas diversas assembleias e os utilizaram para produzir exortações apostólicas pós-sinodais escritas para a Igreja, documentos que “contribuíram grandemente para a renovação da vida eclesial”.

A transformação do Papa Francisco

No entanto, durante esses 60 anos, o Sínodo dos Bispos também passou por “uma evolução significativa”, observa o Cardeal Grech. Isso se deve a cada um dos Papas, disse Grech, e em particular ao Papa Francisco, que “quis transformar o Sínodo de um evento reservado a uma assembleia de bispos em um processo em etapas, do qual toda a Igreja participa”.

Isso resultou em uma primeira fase de consulta ao Povo de Deus, seguida pelas várias etapas de “discernimento” realizadas pelas Conferências Episcopais, pelas Assembleias Continentais e pelas Assembleias Gerais Ordinárias, que ocorreram em Roma em outubro de 2023 e 2024.

O Papa Francisco já havia sinalizado essa mudança iminente em outubro de 2015, durante seu discurso por ocasião do 50º aniversário da instituição do Sínodo dos Bispos na Sala Paulo VI. Lá, escreve o cardeal, ele delineou “os termos da transformação do Sínodo de um evento em um processo”.

Isso envolve uma escuta “recíproca” na qual “todos têm algo a aprender”, continua Grech, desde o povo, o Colégio Episcopal, até o Bispo de Roma. “Cada pessoa escutando a outra; e todos escutando o Espírito Santo”, insiste o cardeal, acrescentando que as palavras do Papa inspiraram então a constituição apostólica Episcopalis Communio, promulgada há sete anos, em 15 de setembro de 2018.

Um caminho privilegiado para a comunhão na Igreja

O Cardeal Grech destaca que a experiência dos últimos anos demonstrou que “o exercício da sinodalidade é o caminho privilegiado para alcançar a comunhão na Igreja”.

“Experimentamos a beleza e a força deste processo durante as duas primeiras fases da XVI Assembleia Geral Ordinária, nas quais ouvimos o que o Espírito dizia à Igreja, aprendendo a ouvir-nos uns aos outros”, destaca.

Foi “uma jornada apaixonante”, marcada pelas etapas do “discernimento eclesial” e selada pela elaboração e votação do Documento Final, que o Papa Francisco “imediatamente aprovou e entregou à Igreja como parte do magistério ordinário”.

Recordar todos estes acontecimentos é, portanto, “uma grande alegria para a Secretaria Geral do Sínodo”, sublinha o cardeal. Ao mesmo tempo, é “um convite a envidar todos os esforços para que a terceira fase do processo sinodal constitua mais um passo em frente na experiência e compreensão da sinodalidade”.

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FONTE: https://noticias.cancaonova.com/igreja/cardeal-grech-terceira-fase-do-processo-sinodal-segue-em-frente/


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