Caritas Jerusalém: locais de culto e vidas civis devem ser respeitados

  • 18/07/2025

Após o ataque à Igreja da Sagrada Família, a Caritas divulgou comunicado e pede ‘respeito pela sacralidade da vida e dos espaços que a protegem’

Da redação, com Vatican News

Ambulância leva vítimas de ataque a templo cristão na Palestina / Foto: Reprodução Reuters

Após o ataque israelense à Igreja da Sagrada Família em Gaza, na manhã de 17 de julho, a Caritas Jerusalém e a Caritas Internacional divulgaram comunicados expressando seu “mais profundo pesar e condolências”.

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Três pessoas foram mortas no bombardeio: Saad Salameh, 60 anos, zelador da paróquia; Fumayya Ayyad, 84 anos; e Najwa Abu Daoud, 69 anos. Elas foram transportadas para o Hospital Al-Mamadani, onde faleceram devido à grave escassez de suprimentos médicos e unidades de coleta de sangue em Gaza. Outras pessoas ficaram feridas durante o ataque, algumas em estado grave, pois a igreja abrigava civis deslocados.

Respeite a sacralidade da vida

Alistair Dutton, Secretário-Geral da Caritas Internationalis, emitiu um comunicado destacando a devastação com a notícia do ataque.

“Suas mortes são um doloroso lembrete das condições terríveis em que civis e profissionais de saúde vivem sob cerco.” O Sr. Dutton também apelou a todos os envolvidos no conflito para “respeitarem a sacralidade da vida e os espaços que a protegem”.

O padre Gabriel Romanelli, pároco, também ficou ferido no ataque. Durante a última semana, ele vinha pressionando todos a permanecerem em casa devido ao perigo crescente de bombardeios intensos e operações militares nas proximidades.

A equipe da Caritas Jerusalém em Gaza enfatizou que os alertas do Padre Romanelli ajudaram a salvar vidas. “Se o Padre Gabriel não tivesse nos avisado para ficarmos em casa, poderíamos ter perdido de 50 a 60 pessoas hoje. Teria sido um massacre.”

Isso ocorreu depois que a Caritas Jerusalém perdeu dois funcionários do Centro de Saúde de Gaza em outubro e novembro de 2023, juntamente com seus filhos, em bombardeios.

O ponto de ruptura

Poucos dias antes do ataque à paróquia, a Caritas Jerusalém divulgou um relatório descrevendo como a situação humanitária atingiu um “nível de devastação sem precedentes” em Gaza. No comunicado de 14 de julho, a organização enfatizou que todos os aspectos da vida cotidiana dos civis estão se desintegrando.

As entregas de alimentos foram interrompidas devido aos crescentes ataques contra pessoas que buscam ajuda — 758 pessoas foram mortas e mais de 5.000 ficaram feridas desde 27 de maio. Consequentemente, toda a população — 2,1 milhões — enfrenta fome aguda.

Quase 80% dos postos de água, saneamento e higiene estão localizados em zonas de conflito ativo. Cerca de 40% de todas as doenças relatadas são diarreia aquosa aguda. Os hospitais estão superlotados e com poucos recursos, e a educação está praticamente paralisada.

Cerca de 1,3 milhão de pessoas precisam urgentemente de abrigo emergencial, e as famílias estão cada vez mais expostas à violência de gênero e à exploração infantil.

Perto de casa

A Caritas Internacional expressou sua solidariedade à Caritas Jerusalém e a todos os que trabalham sob o cerco, concentrados em servir aos necessitados e que enfrentam situações difíceis. A organização apela a todos para:

– Respeitar e proteger os locais de culto e abrigos humanitários, conforme previsto no Direito Internacional Humanitário;

– Garantir acesso irrestrito à assistência humanitária, passagens seguras e atendimento médico para civis;

– Cessar todos os ataques a civis, particularmente aqueles que se abrigam em igrejas, outros locais religiosos e zonas humanitárias claramente delimitadas;

– Proteger a dignidade humana, que jamais deve ser comprometida ou perdida em tempos de guerra.

A confederação Caritas continua a ecoar o apelo renovado do Papa Leão XIV por um cessar-fogo imediato e reitera seu apelo ao respeito total pelo direito internacional, pelo direito humanitário e pelos direitos humanos.

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FONTE: https://noticias.cancaonova.com/igreja/caritas-jerusalem-locais-de-culto-e-vidas-civis-devem-ser-respeitados/


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