Sacerdotes, concluem o simpósio na Cidade do Vaticano

10/02/2024

Com o discurso e a missa em São Pedro do prefeito do Dicastério para o Clero, se concluíram os trabalhos de formação sacerdotal permanente

Da Redação, com Vatican News

Foto: CShin por Pixabay

Um momento “rico” de partilha, durante o qual todos foram “protagonistas” e que ofereceu “muitas indicações para o caminho a seguir”. Um caminho que certamente não termina, mas continua no futuro, com outras iniciativas e que fluirá até o Jubileu de 2025. É um balanço claramente positivo que o cardeal Lázaro You Heung-sik, prefeito do Dicastério para o Clero, faz do Simpósio Internacional sobre a Formação Permanente dos Sacerdotes, que começou no Vaticano em 6 de fevereiro e se concluiu neste sábado, dia 10.

Missa do cardeal You em São Pedro

O purpurado coreano celebrou uma missa na Basílica de São Pedro, durante a qual, em sua homilia, lembrou que a “compaixão” está no centro do ministério de todo sacerdote e disse estar satisfeito com a alegria que circulou entre eles, a fraternidade que viveram durante o trabalho da Conferência. Em seguida, convidou a “dar voz a essa fome que carregamos dentro de nós, ao desejo de ‘reavivar o dom’ que nos foi dado e de renovar nosso ministério, escutando as perguntas, as feridas e as esperanças de nosso tempo”.

Apoiar e acompanhar

Pela manhã, o cardeal prefeito fez um longo discurso de encerramento para agradecer, em primeiro lugar, aos que organizaram e aos que participaram do Simpósio Internacional “direta ou indiretamente”: não apenas sacerdotes de todos os continentes, mas também bispos, diáconos, consagrados e leigos. Um sinal de “um interesse vivo e sincero pelo tema” e também uma demonstração de que “o encontro entre diferentes vocações é certamente um valor a mais para um acompanhamento constante e fraterno”, disse o You. “Sim, a vocação ao sacerdócio ordenado vive tempos complexos porque estamos numa época e sociedade complexas. É por isso que há a necessidade de encontrar novas estradas, cada vez mais eficazes, de apoiar e acompanhar a vocação sacerdotal”.

Experiência “sinodal”

O cardeal, compartilhando suas impressões, disse que ficou feliz de ver que muitos dos participantes estiveram ali não apenas “para receber”, mas também “para doar”: “Cada um e cada uma de vocês deu o melhor de si. Todos nós fomos protagonistas. Assim, experimentamos que Jesus era o nosso único e verdadeiro Mestre”. Em particular, a “conversa no Espírito” nos grupos linguísticos, uma prática já iniciada durante o Sínodo sobre a Sinodalidade, provou ser uma experiência forte e que garantiu uma ampla participação dos presentes.

Perspectivas e iniciativas futuras

No centro de tudo isso, disse o cardeal You, existem “os três caminhos” que o Papa indicou em seu discurso de 8 de fevereiro: a alegria do Evangelho; a pertença a um povo; e a generatividade do serviço que torna sacerdotes e pastores. O objetivo alcançado foi o de “iniciar um processo” e “criar uma rede a serviço dos sacerdotes em todo o mundo”. Agora, como seguir em frente? “Algo está no horizonte”, disse o chefe do Dicastério, lembrando, em primeiro lugar, o encontro de 300 párocos de todo o mundo, representando todas as Conferências Episcopais, e depois o Jubileu 2025 sobre a Esperança, no contexto em que o Jubileu dos Sacerdotes será celebrado em 25 de junho.

O novo site

Deixando em aberto a possibilidade de um segundo encontro em 2026, como solicitado por muitos, e também da publicação de um livro com os Atos do Simpósio, o cardeal lembrou o lançamento do novo site do Dicastério para o Clero como uma “plataforma para compartilhar iniciativas e boas práticas”, útil para “permanecer unido” e “comunicar-se continuamente”.

O trabalho nas dioceses

A todos os sacerdotes, o cardeal recomendou que eles levem para onde vivem o que emergiu no simpósio, começando com a “importância de fortalecer a dimensão da amizade e da fraternidade sacerdotal”. “Devem ser criadas oportunidades e também deve ser dado espaço para momentos e tempos espontâneos e informais que tenham o sabor de família, de se sentir em casa”, disse ele. “A dimensão do acompanhamento humano encontrou todos de acordo: ela certamente não substitui a dimensão da fé, mas a sustenta e pode ser uma ajuda importante”.